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    transmut[ação] (2021)

    Projeto de ação ético-estética realizado durante residência artística junto ao Arquivo Coleções de Histórias Ordinárias (ACHO), entre 2020 e 2021. Consistiu no esvaziamento e limpeza de um apartamento abandonado por mais de 20 anos, tomado pelo lixo e objetos acumulados.

    O trabalho parte do resgate de fotografias e objetos de família encontrados no local, que compõem o eixo central da investigação. Propõe uma reflexão sobre a vida, a morte e o caráter transitório da existência humana, abordando também o animismo. A narrativa se constrói a partir do olhar das coisas, entendidas não apenas como objetos utilitários, mas como “coisas-livres” no mundo, agentes e testemunhas da história, conforme a concepção do antropólogo Tim Ingold.

    A ação envolveu:

    • Esvaziamento, separação e catalogação dos pertences pessoais da bisavó da artista, classificando-os entre coisas, lixo e itens para doação.

    • Proposta de circulação desses objetos para pessoas e instituições.

    • Ativação e circulação de algumas “coisas” no espaço urbano da cidade de Campos dos Goytacazes, por meio da intervenção urbana “coisa livre” em seis locais públicos (2021):
      a) ventilaflor – Jardim São Benedito
      b) cidade-alada – Praça São Salvador
      c) sede de quê – Avenida XV de Novembro (beira do Rio Paraíba do Sul)
      d) passarinho do contra – Calçada do antigo Hotel Gaspar
      e) altar – Cais da Lapa
      f) pé de sombra – Avenida 28 de Março, Centro

    • Instalação com fotografias e objetos recuperados (150cm x 300cm x 10cm), incluindo mala de viagem, mesa de madeira, pote de sal, pó compacto, caixa de grampos para cabelo, sabonete, pote de açúcar, fotografias, terço, sapato, dentadura, vestido, diário, esquadro, tábua de cozinha, lâmina de barbear, peneira e quadro quebrado.

    O arquivo de coisas e documentos recuperados segue em processamento contínuo.

     

     

     

    Juliana Jacyntho   

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