velha chácara (2014)
Inspirada no poema homônimo de Manuel Bandeira, esta fotografia reflete sobre o tempo, a fugacidade da memória e aquilo que se sente, mas já não se pode tocar — o que desapareceu, mas ainda ecoa ("ouço uma voz que esqueci").
Um mergulho nas imagens da lembrança, entre presença e ausência, como uma lembrança à beira do esquecimento.
A imagem busca capturar o vestígio do que já não está, mas insiste em permanecer: a casa que desapareceu, a voz esquecida, o menino que ainda existe.
“A casa era por aqui...
Onde? Procuro-a e não acho.
Ouço uma voz que esqueci:
É a voz deste mesmo riacho.
[...]
Não existe mais a casa...
– Mas o menino ainda existe.”
Manuel Bandeira
Técnica:
Fotografia digital impressa em papel de algodão com pigmento mineral
Dimensões:
30 x 30 x 2 cm
Tiragem: 100 cópias + 2 Provas de Artista (PA)s
Acervos: Columbus Museum of Art (Ohio, EUA) e Museu Histórico de Campos (RJ)
